Prince morreu ontem. Lenda incontestável da música norte americana, que a mim me diz muito porque fez parte da minha cultura musical na adolescência, marcando-me para sempre. Naquela altura marcou-me, não porque tivesse a noção de que era um excelente artista, como sabemos e farta-se de dizer quem percebe mesmo do assunto, mas porque me modificou, me pôs a pensar, me fez sentir coisas, me estimulou, me levou mais além. Fui acompanhando a carreira dele até que, no verão de 2013, quando regressava da praia, ouço na radio que Prince ia dar um concerto surpresa em Lisboa, numa sala pequena,mas icónica, como o Coliseu dos Recreios. Eu tinha que ir... e fui. Já escrevi sobre esse concerto aqui. Foi um momento superior pela qualidade da produção musical, da demonstração de talento e capacidade de se transcender, da presença em palco, da intensidade, do culto da personalidade e do ego. Obrigada Prince, descansa em paz.