Um bálsamo para a alma

Como leio devagar, os livros normalmente acompanham-me por longos periodos de tempo. Muitas vezes, quando termino a leitura, não consigo pô-los logo para o lado e começar a ler outras histórias com outras personagens. Aquela história e aquelas personagens ainda estão dentro de mim e ainda estou, muitas vezes, a sofrer com eles durante mais algum tempo. Já me aconteceu até sentir-me sózinha e quase abandonada por o livro já ter acabado, por aquelas pessoas terem feito parte da minha vida por uns tempos (foi no livro "O Amor nos Tempos de Cólera" de Gabriel Garcia Márquez) e tive necessidade de ter o livro durante muito tempo à cabeceira da cama.
Assim, nada melhor que ler alguma poesia entretanto. É como que um bálsamo que embala a alma.

Vício ou necessidade eis a questão

Não consigo... Não consigo!
Não consigo conter-me. Tenho desesperadamente de ir comprar uma roupita... ou talvez uns sapatos, melhor umas sandálias!

Sem procurar

Hoje, numa incurção ao Chiado, deparei-me, sem contar, com a rua António Maria Cardoso. É que esta é a rua onde antigamente estava sediada a PVDE tal como relata o livro "A Vida Num Sopro" de José Rodrigues dos Santos. Com esta materialização a história ficou ainda mais bem ilustrada.
Já agora, cairam-me as lágrimas no final (acabei de o ler há pouco).
"Dorme, mãe Pátria, nula e postergada
E, se um sonho de esperança te surgir,
Não creias nele, porque tudo é nada,
E nunca vem aquilo que há-de vir."
(Fernando Pessoa)
Este é o poema final.
O governo dum país tem muito mais influência na vida das pessoas do que se pensa (até na forma de viver um amor). Então naquele tempo nem se fala.

Sensibilidade masculina

Uma das coisas que sempre me chocou foi a forma como, em determinadas circunstâncias, os homens falam das mulheres. Talvez por isso, uma das mais importantes e fascinantes descobertas da minha vida adulta é a sensibilidade masculina (por não contar com ela, evidentemente).

Clareza e força

Vou passar a fazer mais vezes caminhadas à beira do rio. As ideias ficam mais claras e a força dos pensamentos impelem as pernas a ir cada vez mais longe.

Solidão

Já sei porque me meti nesta coisa dos blogs. Foi para manter alguma lucidez na minha imensa solidão.

Gosto de...

Já há muito tempo que sou fã do trabalho da Joana Vasconcelos. Muito antes dela ser tão conhecida. Não sei explicar porquê. Aliás já não me detenho a explicar porque é que gosto das coisas ou das pessoas. Gosto e mais nada. Não há explicação e isso até se torna libertador.
Fui ver este sábado a exposição dela no Museu Berardo e adorei.
Gostei imenso da instalação dos "Coração Independente" e do "Strangers in The Night". O casamento com a música é perfeito nos dois.

Desespero

Enxaqueca e férias não combinam nada bem.

Gosto de...

Adoro livros e programas de culinária. Os meus preferidos ultimamente são os do Jamie Oliver e da Nigella Lawson (SIC Mulher). Divirto-me imenso.

Se eu pudesse tinha uma quinta como o Jamie e uma cozinha magnifica e uma despensa recheada como a Nigella. E seria uma mulher feliz. Ah... bom...precisava de mais uma ou duas coisas para ser meeeesmo feliz (para explorar noutro post).

Equilibrio a todos os níveis

Vou aprender a sambar

Mudou-se para o meu prédio um grupo de brasileiros que aproveita o terraço e o sol para cantar e tocar alto e bom som (mesmo muito alto). Para não perder a paciência o melhor é aprender a sambar e aproveitar a festa.

Pedaçinho dum filme

"Tens medo de morrer?
Não. Tenho medo de não ter tempo. De não ter tempo de saber qual é o meu lugar aqui. Tenho medo do que vou perder."

Top Design

Adorei esta série do Top Degign na SIC Mulher. Hoje foi o último episódio e o Matt ganhou. O Matt e a Carisa foram os finalistas e não deve ter ido fácil decidir quem era o melhor. A Carisa tem um estilo muito divertido, sofisticado e imaginativo (adorei a cama - super original). O Matt é super elegante, também muito sofisticado e com um sentido de conforto muito grande. No último desafio tinham que decorar um loft em Los Angeles para eles próprios. A decisão do vencedor, quanto a mim, teve a ver com o empenho do Matt em transformar aquele espaço para a sua familia viver (tem uma filha de 4 anos). Acabou por criar um quarto mágico para a filha e a casa tinha mais vida com todas as fotografias e pormenores mais pensados para realmente viver aquela casa e naquela casa. Adorei!
Comecei por achar o júri um bocado afectado. No entanto, ao longo dos programas, tudo se foi equilibrando e o talento e esforço dos concorrentes foi o que realmente enriqueceu o programa.

Flores de aço

Leituras

Coimbra e o desencanto

A Mónica fez-me dar uma gargalhada logo pela manhã. Só não acho os fadistas nojentos. De resto partilho da sua opinião!

Pensando bem uma flor de aço não tem um duplo perene. A dualidade entre o delicado e o forte equilibra as forças e não deixa que se forme uma imagem fantasia, tal como no filme Flores de Aço.

O duplo perene também se pode aplicar à imagem que nós criamos de nós próprios (a máscara).

Outra flor de aço

Do sítio do costume

Steel Magnolia

Uma flor de aço chora a ver os videos mais melosos que lhe mandam para a caixa de correio, chora a ver filmes (de desenhos animados, românticos e principalmente que tenham histórias sofridas entre pais e filhos) ou quando lhe contam histórias comoventes de pessoas ou de animais. Tal como no filme Steel Magnolia, cuja tradução para português é Flores de Aço, as mulheres são fortes por isso mesmo (ou melhor, também por isso). A emotividade é uma riqueza que as fortalece e não uma fraqueza.

Olhares e olhares

Abençoados os homens que só com o olhar incentivam a nossa feminilidade.

Um bocadinho duma música

"Os desafinados também têm coração"

O país em que vivemos

Hoje houve tolerância de ponto. Tolerância de ponto que deveria significar assegurar os serviços minimos. Só que, num país em dificuldade, numa época de dificuldades, tolerância de ponto significa feriado em muitos serviços públicos. Pois aqui fica a minha indignação. Não concordo. Quanto a mim nem deveria haver tolerância de ponto. Infelizmente estamos num país em que se está sempre à espera de fazer o minimo possível e tirar as maiores vantagens possíveis mesmo que isso saia do bolso de quem realmente se esforça.