.

.

10.4.13

Ter

Dei por mim a reflectir sobre o que eu gostaria de ter na vida, assim, bens materiais. Casas, carros, jóias...isto...aquilo...
Chego à conclusão que uma casa com espaço e bom gosto seria excelente. Com um bom pé direito e janelas altas com meia dúzia de bons móveis que não precisavam de ser novos.  Mais excelente seria se fosse fruto do meu trabalho. Adorava ter uma pequena casa à beira do mar que parecesse um casebre e que ficasse no meio do nada. Carros não me fascinam e só tenho pena que a rede de comboios seja tão fraca em Portugal. Adoro jóias bonitas não precisam de ser preciosas e muitas vezes já me sinto abençoada de as ver numa montra como se de um museu se tratasse (adorei o departamento de jóias Egípcias no Louvre quando o calcorreei avidamente durante vários dias há quase 20 anos atrás).
Não vou falar das coisas que me dá gosto ser e que quero ainda vir a ser no futuro até ao fim da minha vida. Mas não têm muito a ver com o ter. Acho até que não têm nada a ver. Agora, gosto de ser bem recompensada pelo meu esforço e dedicação e as dificuldades económicas para as coisas básicas podem estrangular algumas vias interessantes de ser. É o caso de poder viajar. É o caso de ter tempo (para ler por exemplo). É o caso de me poder dar ao luxo de parar de vez em quando.