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26.8.10

Equilibrio

Gosto de observar.
Gosto de ver como as pessoas se relacionam com o meio onde vivem. Já não diria o mesmo da maneira como as pessoas se relacionam entre si (não simpatizo tanto com essa parte).
Gosto de ver como as pessoas usam a inteligência/criatividade para criarem espaços mais confortáveis, mais integrados na natureza, mais estimulantes para os sentidos, mais pensados para a função a que se destinam. Por isso gosto de objectos, de cantinhos, de casas, de jardins, de bairros e principalmente de cidades. Para viver prefiro as cidades complexas, sofisticadas e relativamente organizadas, mas gostava de conhecer cidades caóticas e antigas como o Cairo. Por fim amo a natureza e todos os seus pequenos pormenores. E toda a sua força. Penso que não é um paradoxo. Fazemos parte de um todo. Acredito que deviamos pensar mais a nossa forma de estar de acordo com as leis da natureza e não contra elas. Se não houvesse todo este percurso civilizacional eu estaria feliz debaixo de um toldo de folhas a olhar para as estrelas e a comer frutos silvestres. Mas existe tudo isto que as nossas cabeças (mais as dos outros) foram criando para nos desenvolvermos como seres inteligentes, para nos transcendermos, para nos adaptarmos, na nossa relação com o mundo/planeta Terra. E é isso que me espanta na minha observação.
Daí este blog ter muitos posts alusivos a este tema. A minha profissão nada tem a ver com isto. E este blog não tem quase nada a ver com a minha profissão. Os olhares para mundos diferentes faz parte do meu equilibrio.
Talvez passe a trazer para aqui mais coisas do meu dia a dia. Nessa altura o equilibrio será mais perfeito, suponho eu, uma vez que não dependerá tanto do balanço entre extremos.