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10.8.09

Maria Callas


Ontem, sem contar, fiquei a ver um documentário sobre a vida de Maria Callas na televisão. Já conhecia muitos factos da sua vida mas foi a primeira vez que a sua história me foi a presentada centrada na sua pessoa e não em pessoas que passaram pela sua vida, ou em factos históricos ou como parte da história do canto lirico ou da ópera. Muito bom!

Fiquei incomodada com a densidade emocional da sua vida que ela fazia transbordar na sua voz. Teve uma infância de solidão e uma juventude de luta, trabalho e estudo. Quando encontrou o amor ao lado de Aristotelis Onassis, já com trinta e muitos anos, teve que lutar contra tudo e contra todos para viver plenamente esse amor. Perdeu um filho no dia do nascimento. Foi traida e viu o homem que amava casar-se com outra pessoa. Continuou a amá-lo. Ele ficou doente tempos depois de ter perdido um filho com 25 anos de idade e, ao ser internado, a única coisa que levou com ele foi uma manta vermelha que Maria Callas lhe tinha oferecido. Morreu. E a vida passou a ser insuportável para Maria Callas.

Fica a solidão, o talento e a força desta mulher.