.."Não é coisa usual eu incluir prefácio nos meus livros. Entendo que eles se recomendam como os peregrinos de Santiago, pelas conchas que têm no chapéu e que simbolizam a viagem no sentido supremo, de descoberta, de testemunho e redenção." Agustina Bessa-Luís, em "Fanny Owen"
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23.4.17
Controlar
Ocorreu-me perguntar porque raio é que vou recomeçar a escrever num caderninho ridículo? Só me veio à cabeça uma resposta. É uma tentativa de controlar um processo de morte lenta. Às vezes parece que é para me animar e voltar a ter alegria de viver. Mas não, trata-se de ir morrendo de forma controlada.
9.4.17
Gentle soul
"É uma alma dócil. Aceita todos os desafios da vida com generosidade."
Que frase tão bonita!
A propósito duma cadela que ficou sem parte do focinho e quase morreu, esvaída em sangue e obrigada a sobreviver por vários meses nas condições mais adversas, e que aceitou de forma espantosa todos os tratamentos e cirurgias a que foi sujeita.
Que frase tão bonita!
A propósito duma cadela que ficou sem parte do focinho e quase morreu, esvaída em sangue e obrigada a sobreviver por vários meses nas condições mais adversas, e que aceitou de forma espantosa todos os tratamentos e cirurgias a que foi sujeita.
Desqualificar
"O senhor não perde uma oportunidade de desqualificar os seus adversários"
Esta frase, proferida por Passos Coelho na Assembleia da República há já umas semanas, tem-me lembrado várias vezes desde então. A razão é que me surpreendeu por descrever tão claramente uma atitude muito frequente de quem não tem argumentos válidos para uma disputa/discussão justa e de respeito mútuo. Não sei se o autor a usou com verdadeira razão (pelo menos deve tê-lo sentido) mas não é isso que me interessa. Interessa-me perceber, e a clareza das palavras pode iluminar uma cabeça e ajudar a pôr sentimentos no sítio, que isto se aplica todos os dias em muitas situações. Esta definição/clareza deve de ter implicações que podem ser, por exemplo, dar mais força ou razão aos visados na desqualificação e transformar a indignação que se sente nestas alturas em confiança e auto-valorização. Afinal a vida é uma maratona que se quer corrida com coerência física, emocional e mental apesar das vozes que nos atiram uns quantos desqualificativos e dos olhares que nos fazem sentir que não somos suficientemente bons.
Esta frase, proferida por Passos Coelho na Assembleia da República há já umas semanas, tem-me lembrado várias vezes desde então. A razão é que me surpreendeu por descrever tão claramente uma atitude muito frequente de quem não tem argumentos válidos para uma disputa/discussão justa e de respeito mútuo. Não sei se o autor a usou com verdadeira razão (pelo menos deve tê-lo sentido) mas não é isso que me interessa. Interessa-me perceber, e a clareza das palavras pode iluminar uma cabeça e ajudar a pôr sentimentos no sítio, que isto se aplica todos os dias em muitas situações. Esta definição/clareza deve de ter implicações que podem ser, por exemplo, dar mais força ou razão aos visados na desqualificação e transformar a indignação que se sente nestas alturas em confiança e auto-valorização. Afinal a vida é uma maratona que se quer corrida com coerência física, emocional e mental apesar das vozes que nos atiram uns quantos desqualificativos e dos olhares que nos fazem sentir que não somos suficientemente bons.
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