.."Não é coisa usual eu incluir prefácio nos meus livros. Entendo que eles se recomendam como os peregrinos de Santiago, pelas conchas que têm no chapéu e que simbolizam a viagem no sentido supremo, de descoberta, de testemunho e redenção." Agustina Bessa-Luís, em "Fanny Owen"
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19.7.17
1.5.17
23.4.17
Controlar
Ocorreu-me perguntar porque raio é que vou recomeçar a escrever num caderninho ridículo? Só me veio à cabeça uma resposta. É uma tentativa de controlar um processo de morte lenta. Às vezes parece que é para me animar e voltar a ter alegria de viver. Mas não, trata-se de ir morrendo de forma controlada.
9.4.17
Gentle soul
"É uma alma dócil. Aceita todos os desafios da vida com generosidade."
Que frase tão bonita!
A propósito duma cadela que ficou sem parte do focinho e quase morreu, esvaída em sangue e obrigada a sobreviver por vários meses nas condições mais adversas, e que aceitou de forma espantosa todos os tratamentos e cirurgias a que foi sujeita.
Que frase tão bonita!
A propósito duma cadela que ficou sem parte do focinho e quase morreu, esvaída em sangue e obrigada a sobreviver por vários meses nas condições mais adversas, e que aceitou de forma espantosa todos os tratamentos e cirurgias a que foi sujeita.
Desqualificar
"O senhor não perde uma oportunidade de desqualificar os seus adversários"
Esta frase, proferida por Passos Coelho na Assembleia da República há já umas semanas, tem-me lembrado várias vezes desde então. A razão é que me surpreendeu por descrever tão claramente uma atitude muito frequente de quem não tem argumentos válidos para uma disputa/discussão justa e de respeito mútuo. Não sei se o autor a usou com verdadeira razão (pelo menos deve tê-lo sentido) mas não é isso que me interessa. Interessa-me perceber, e a clareza das palavras pode iluminar uma cabeça e ajudar a pôr sentimentos no sítio, que isto se aplica todos os dias em muitas situações. Esta definição/clareza deve de ter implicações que podem ser, por exemplo, dar mais força ou razão aos visados na desqualificação e transformar a indignação que se sente nestas alturas em confiança e auto-valorização. Afinal a vida é uma maratona que se quer corrida com coerência física, emocional e mental apesar das vozes que nos atiram uns quantos desqualificativos e dos olhares que nos fazem sentir que não somos suficientemente bons.
Esta frase, proferida por Passos Coelho na Assembleia da República há já umas semanas, tem-me lembrado várias vezes desde então. A razão é que me surpreendeu por descrever tão claramente uma atitude muito frequente de quem não tem argumentos válidos para uma disputa/discussão justa e de respeito mútuo. Não sei se o autor a usou com verdadeira razão (pelo menos deve tê-lo sentido) mas não é isso que me interessa. Interessa-me perceber, e a clareza das palavras pode iluminar uma cabeça e ajudar a pôr sentimentos no sítio, que isto se aplica todos os dias em muitas situações. Esta definição/clareza deve de ter implicações que podem ser, por exemplo, dar mais força ou razão aos visados na desqualificação e transformar a indignação que se sente nestas alturas em confiança e auto-valorização. Afinal a vida é uma maratona que se quer corrida com coerência física, emocional e mental apesar das vozes que nos atiram uns quantos desqualificativos e dos olhares que nos fazem sentir que não somos suficientemente bons.
27.3.17
Descoberta
"Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade."
José de Almada Negreiros
Exposição "José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno" na Fundação Calouste Gulbenkian.
José de Almada Negreiros
Exposição "José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno" na Fundação Calouste Gulbenkian.
26.3.17
20.3.17
Diz-me tanto este olhar do mundo...
Este vídeo faz parte da exposição "Ressonância da voz e dos ecos" de Graça Morais na Fundação Champalimaud. Fui ver. Gostei tanto! Identifico-me tanto com esta visão do mundo!
18.3.17
17.3.17
Memória
Esta semana perdi tudo o que tinha guardado no meu computador. Culpa totalmente minha que, à excepção de algumas fotos e documentos aqui e ali, não fiz backup de nada. A propósito, talvez pouco, este video veio recordar-me uma cidade que também já foi (e será sempre) um pouco minha. Vivi lá alguns meses numa altura crucial da minha formação. Ainda bem que a memória ainda não se apagou...Obrigada a mim por já ter sido corajosa um dia para sair da minha zona de conforto...
10.3.17
A música de hoje (em" repeat")
"Existirmos a que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
De um menino infeliz não se nos ilumina
Tão pouco turva-se a lágrima nordestina
E apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
Da cajuína cristalina em Teresina"
7.3.17
14.2.17
28.1.17
"O Grande Medo do Pequeno Mundo"
Hoje comecei o dia com "O Grande Medo do Pequeno Mundo" e outras criações de Samuel Úria, na Antena 1. Normalmente tudo o que acontece pela manhã tem um impacto mais vincado e este "O Grande Medo do Pequeno Mundo" (não me canso deste nome) ficou para o dia todo. Para pesquisar e ouvir mais. "O Grande Medo do Pequeno Mundo" não é novidade para mim, mas parece sempre uma descoberta na forma e no conteúdo, uma vez que se trata de "O Grande Medo do Pequeno Mundo".
O Deserto (Samuel Úria)
Quando o deserto não for mais
Do que um grão, do que um grão, do que um grão de areia
Não o sacudas com a mão:
Tens o mar, tens o mar, tens o mar inteiro.
Águas diversas e aquários iguais;
Escolhem-se os medos de sermos nós.
Quando os remédios forem mais
Do que os males, do que os males, do que os males do mundo
Não entorpeças essa dor
Que o que arde, o que arde, o que arde cura.
Escolhas pequenas e arbítrios totais:
Optam-se os medos de estarmos sós.
Auto-ajudas e todo por uns;
Querem-se as raias de termos fins.
O Deserto (Samuel Úria)
Quando o deserto não for mais
Do que um grão, do que um grão, do que um grão de areia
Não o sacudas com a mão:
Tens o mar, tens o mar, tens o mar inteiro.
Águas diversas e aquários iguais;
Escolhem-se os medos de sermos nós.
Quando os remédios forem mais
Do que os males, do que os males, do que os males do mundo
Não entorpeças essa dor
Que o que arde, o que arde, o que arde cura.
Escolhas pequenas e arbítrios totais:
Optam-se os medos de estarmos sós.
Auto-ajudas e todo por uns;
Querem-se as raias de termos fins.
26.1.17
Reflexões
A propósito do post anterior fiquei a pensar se o que me salva na cultura é a arte e qual a diferença destes dois conceitos. A arte faz parte da cultura ou a cultura faz parte da arte? Quando apreciamos arte ficamos mais cultos ou a cultura é um acumular de conhecimentos que não dependem das emoções ou sentimentos?
A determinada altura do programa Pedro Mexia refere que "salvação" é um conceito muito forte, associado muitas vezes à religião e que não se revê, exactamente, nesta relação de salvação com/pela cultura. Quando digo que sou salva muitas vezes pela cultura é no sentido de que me ajuda a manter o sonho, a ambição de ser melhor, de progredir, de não me deixar abater. E esse "trabalho" de me manter eu, com vontade de ir em frente no melhor caminho que posso e consigo, é diário e várias vezes ao dia, com coisas e acontecimentos diversos mas onde a cultura tem, seguramente, um papel muito importante. Sou salva de uma certa atracção pelo abismo que é, nos tempos que correm, muito alimentada pelas misérias dos tempos actuais.
E concordo. Uma pessoa culta não é necessariamente uma pessoa eticamente melhor!
A determinada altura do programa Pedro Mexia refere que "salvação" é um conceito muito forte, associado muitas vezes à religião e que não se revê, exactamente, nesta relação de salvação com/pela cultura. Quando digo que sou salva muitas vezes pela cultura é no sentido de que me ajuda a manter o sonho, a ambição de ser melhor, de progredir, de não me deixar abater. E esse "trabalho" de me manter eu, com vontade de ir em frente no melhor caminho que posso e consigo, é diário e várias vezes ao dia, com coisas e acontecimentos diversos mas onde a cultura tem, seguramente, um papel muito importante. Sou salva de uma certa atracção pelo abismo que é, nos tempos que correm, muito alimentada pelas misérias dos tempos actuais.
E concordo. Uma pessoa culta não é necessariamente uma pessoa eticamente melhor!
24.1.17
A cultura salva?
A mim, salva muitas vezes. Na dificuldade de explicar a minha relação com a cultura esta pode ser uma boa forma de o fazer. São momentos de salvação. Também.
E este programa foi para mim uma ignição. Para escrever outra vez aqui.
Fui salva mais uma vez!
Curso de Cultura Geral - Episódio 2 - RTP Play - RTP
Muito bom! Obrigada!
E este programa foi para mim uma ignição. Para escrever outra vez aqui.
Fui salva mais uma vez!
Curso de Cultura Geral - Episódio 2 - RTP Play - RTP
Muito bom! Obrigada!
10.1.17
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